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O que acontece quando “ser ótimo” não é suficiente?

O que você vai encontrar nesse conteúdo

Quando comecei a dar aulas de marketing na universidade, há mais de duas décadas, usei este modelo (inspirado em alguns pensadores do  marketing) para explicar a criação de conteúdo, principalmente para a internet (lembro que comecei na web em 1994): RITE.

Vamos a ele.

  • R é Relevante. Você não quer confundir as pessoas.
  • I é Interessante. Você tem que fazer valer a pena seu tempo.
  • T é Tudo. Tudo pode uma gerar oportunidade
  • E pra Entreter. Torne-o animado para chamar a atenção e mantê-lo.

Nos primeiros dias, com uma web mais vazia, esse foi um bom começo. Se você fazia um bom trabalho, tinha a chance de se destacar e conquistar uma audiência. Organicamente.

Por volta de 2014, percebi que essas regras não se aplicavam mais. Você pode criar conteúdo RITE de forma consistente e ainda assim travar e não alcançar mais ninguém. A não ser que pague (impulsione) para que isso aconteça. É o ganha-pão das empresas de mídias sociais, né!

Mas naquele tempo, você só precisava de algo mais. Você precisava ser ótimo.

Na verdade, seu conteúdo precisava ser superior – o melhor em seu nicho. Se você não fosse o melhor nesta nova era de mídia infinita, você seria abandonado.

Então, acrescentei um S às minhas aulas – RITES, S para Superior.

Mas agora, em 2021, em tempos pandêmicos, isso também não parece ser suficiente.

Mesmo produzindo um conteúdo ou prestando um atendimento superior isso não é suficiente em um mundo que parece lutar contra nós.

Você também sente isso? Você está fazendo seu melhor trabalho e não está conseguindo seus objetivos?

Então o que seria isso?

Chegar a fazer algo bom é melhor do que ser simplesmente “ok”, mas pode não ser suficiente para se enfrentar situações de mercado mais competitivas, concorrentes que tenham maior força, consumidores e públicos cada vez mais exigentes, obtendo assim aquele padrão capaz de realmente fazer a diferença. Alguns chamam isso de extrapolar e encantar. Ou ser Excelente.

Então posso começar a usar o RITESE, E para Excelência.

Na hora de definir uma estratégia de posicionamento isso pode ser o diferencial entre o sucesso acima dos padrões e simplesmente uma ação para “atingir uma meta”. As marcas líderes são aquelas que perseguem de modo sistemático o excelente, não se contentando em simplesmente “fazer o dever de casa”.

A verdade é que o consumidor não deseja comprar algo nada mais ou menos. Ele prioriza produtos e serviços que vão além. Daí, se você é apenas razoável, se satisfaça em vender com preços baixos e conviver com vendas e lucros medíocres. Além disso, a ideia de ser apenas mediano vai impedi-lo de realizar seus sonhos.

Nos dias atuais, temos que exercer a perseverança. Claro que isso traz fadiga. Mas como sempre falo: se é muito difícil de se  fazer é para lá que eu vou. Temos urgência para concluir tarefas e fechar negócios apenas razoáveis. Parece que só conta a quantidade. Todos querem ser o maior, mesmo que não sejam os melhores. Mais seguidores, mais curtidas, mais, mais…

Minha experiência de décadas no marketing revela que muitas pessoas deixaram de alcançar o topo, pela falsa crença de que ser razoável é o bastante para fechar alguns negócios, alcançar as metas e ter um ganho suficiente para pagar as contas. O fato é que a organização que mantém pessoas assim em seu quadro, é conivente e, portanto, tão medíocre quanto elas.

Lembre-se que pessoas bem sucedidas não são razoáveis e sim excelentes no que se propuseram a fazer.

Pense nisso e ótima semana!

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Prof. Alberto Claro

Doutor em Comunicação Social; Professor de Administração da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo; Sócio investidor da CRM Zen e da PART Eventos; Diretor de Comunicação (voluntário) da Casa da Esperança de Santos®; Palestrante nacional e internacional na área de Administração, Comunicação e Marketing.