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Quatro estratégias úteis para obter foco e produtividade

O que você vai encontrar nesse conteúdo

Busque um foco, pois ele gera impacto.

Comemoro cinquenta anos de vida em 2021. Dado o momento que vivemos e esse marco único de idade (afinal é meio século). Essa convergência de “fatores” me forçou a refletir sobre de onde vim, onde estou e para onde estou indo com minha vida e carreira. Isso me força a reavaliar minhas prioridades e me comprometer com a única disciplina que me ajudará a contribuir para algo maior. Essa disciplina é o foco (e produtividade).

Pessoas criativas criam. A demanda cria mais demanda. Mesmo em períodos de recessão a busca por alternativas aumentam nossa atividade. Em outras palavras, bons profissionais são movidos a produzir, por isso tendemos a deixar o trabalho se expandir para preencher todo e qualquer tempo de que dispomos. É a Lei de Parkinson ou o velho ditado que diz que o trabalho se expande para preencher o tempo alocado. Simplificando, a quantidade de trabalho necessária se ajusta ao tempo disponível para sua conclusão.

Precisamos de algo que nos ajude a descobrir quais 20 por cento de nosso esforço gerará 80 por cento de nosso impacto e resultados. Portanto, precisamos saber quando dizer sim e, mais importante, quando dizer não. A partir de agora compartilho com você quatro estratégias que uso para ajudar a atingir o foco, proteger a inovação e atrair apoio para minhas iniciativas.

Eu o encorajo a compartilhar essas ferramentas com sua equipe, especialmente os mais jovens e aqueles que você lidera ou orienta. E discuta onde você deve investir seu foco de agora em diante.

1. Defina o seu círculo de competência

 ]Vários profissionais desenvolveram metodologias para selecionar aquilo no qual colocam toda a sua energia. Por exemplo, para orientar seus investimentos, Warren Buffett desenvolveu o que chama de “círculo de competência”. Ele só investe em certos tipos de empresas que entende claramente seu funcionamento e isso lhe dá maior retorno em seu investimento.

Para obter o foco, escolha competir onde você tem a maior probabilidade de ganhar.

  • Qual é o seu círculo de competência?
  • Quais são as duas áreas em que você tende a gerar o maior retorno para você, sua equipe, sua empresa e seus clientes?
2. Alcance o foco através de “PICK” 

Dizer não a um único projeto é difícil para todos nós, líderes ou não. Dizer não à maioria dos projetos é muito mais difícil. Exige disciplina. Mas é importante você fazer o que deve, mesmo quando não quer. E não fazer o que não deveria, mesmo quando quer.

Uma das maiores ferramentas que adotei para avaliar o potencial de retorno dos projetos é o PICK Chart. Desenvolvido na Lockheed Martin como uma ferramenta enxuta de Seis Sigma, ele ajuda a analisar o retorno potencial de qualquer projeto em relação ao nível de esforço que um projeto exigirá. 

Veja como essa ferramenta orienta suas escolhas para ajudá-lo a obter o foco:

P (Possível – Possible) – Projetos neste quadrante requerem baixo esforço, mas oferecem baixo retorno. Esses são projetos de prioridade mais baixa apenas para momentos em que você tem recursos (tempo, dinheiro, etc.) sobrando. Trate os projetos neste quadrante como sua prioridade número 3 atrás dos próximos dois.

I (Implementar – Implement) – Projetos neste quadrante são sua prioridade número 1. Esses projetos são fáceis de implementar e oferecem alto retorno.

C (Desafio – Challenge) – Esses projetos exigem alto esforço, mas oferecem alto retorno. São a sua 2ª prioridade. Os princípios das melhores práticas dizem que você só deve implementar um projeto do quadrante C por vez. Portanto, escolha com sabedoria.

K (Matar – Kill) – Projetos neste quadrante requerem muito esforço com muito pouco retorno. A regra é engavetar tudo isso e focar nos outros quadrantes.

Fico continuamente surpreso com a quantidade de líderes inteligentes que são sugados por tentar fazer de tudo. Eles sucumbem a todas as tentações que vêm em seu caminho. Perceba:

Quais projetos atualmente estão nos quadrantes “Implementar” ou “Desafio”?

  • Quais não?
  • Qual é a hora de dizer não?
3. As Quatro Disciplinas de Execução

Depois de estreitar seu foco para os projetos que oferecem o maior impacto, recomendo usar as “Quatro Disciplinas de Execução” de Franklin Covey, também conhecido como sistema 4DX.

Funciona assim:

A – Escolha um objetivo extremamente importante – Defina seu objetivo usando esta estrutura: “Vamos (verbo) (métrica) de x para y até (prazo).” Esta é a sua medida de atraso.

Um exemplo de como isso pode ser lido é: “Aumentaremos nossa meta de vendas de $10 mil para $50 mil nos próximos 24 meses – até 31 de dezembro de 2022.”

B – Aja de acordo com as principais métricas que o movem de onde você está agora para onde você precisa estar e no tempo que quer – Considere a sazonalidade e outras variáveis que impulsionam seus negócios.

Novamente, use a regra 80/20 para se concentrar apenas no que gera a maior contribuição para o seu objetivo principal.

C – Mantenha um placar (Scorecard) – Capture e comunique suas métricas usando um quadro de pontuação que mostra de forma clara e rápida onde você está e onde deveria estar neste momento. Se feito corretamente, você deve saber se está dentro ou fora do caminho com uma simples olhada em seu placar.

D – Desenvolva um ritmo de responsabilidade – Comprometa-se com um tempo a cada semana para revisar seu placar e determinar o que precisa ser feito na próxima semana para obter ou manter o controle de suas métricas. 

  • Em qual objetivo extremamente importante você ou sua equipe devem se concentrar agora?
  • Como você saberá quando o alcançar?
  • Que marcos farão você chegar lá?
  • Como você irá mapear e monitorar seu progresso?
4. Abra espaço para a inovação

Quando você atinge o foco, também gera impulso. A desvantagem do foco extremo é que pode nos cegar para novas oportunidades e descobertas. Eu recomendo usar a regra 70-20-10 para superar isso. 

Funciona assim: dedique 70 por cento do seu tempo para sustentar o seu projeto principal. Estas são as suas operações básicas – o motor econômico do seu negócio. Invista 20% do seu tempo explorando novas oportunidades. Permita que 10% do seu tempo seja investido em desafiar e interromper os projetos que impulsionam seus 70%. A melhor forma de investir nesta área é co-criar e testar novos projetos com seus clientes ou equipe.

  • Quais projetos centrais representam 70% da sua semana?
  • Que ideias você teve que explorar e testar nos 30% restantes do tempo que você tem para investir?
Juntando tudo

Por duas décadas, coloquei toda minha energia profissional, enquanto professor, em entender certas coisas na área de Administração e Marketing. E, nesse processo, descobri que tenho que atrair atenção quando tento ajudar as pessoas, mas não quando estou fazendo as operações de marketing do dia a dia, por exemplo.

Em outras palavras, meu círculo de competência é incentivar, orientar, aconselhar e ativar outras pessoas. Quando estou operando fora desse círculo, minha taxa de sucesso é nominal, na melhor das hipóteses. Quando estou dentro desse círculo, as coisas tendem a dar ótimos resultados.

Portanto, quando olho de forma crítica para minhas idéias e projetos para cada ano, certifico-me de que aqueles que aparecem em meu gráfico PICK envolvem algum nível de mudança. Eu vejo quais projetos oferecem o maior retorno pelo esforço exigido. E eu escolho o que espero que sejam os grandes vencedores.

Com isso, defino uma única meta extremamente importante e começo o processo de métricas com um placar para garantir que estou no caminho certo.

E enquanto estou gastando 70 por cento do meu tempo nisso, vou dedicar 20 por cento do meu tempo explorando áreas adjacentes (como aprendizagem e desenvolvimento) e 10% do meu tempo tentando interromper algo que não está de acordo com o que eu gostaria.

Imagine como nossos produtos, serviços e inovações seriam melhores se mais profissionais pudessem se concentrar no que realmente importa em seu trabalho.

E como está seu foco e produtividade?

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Prof. Alberto Claro

Doutor em Comunicação Social; Professor de Administração da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo; Sócio investidor da CRM Zen e da PART Eventos; Diretor de Comunicação (voluntário) da Casa da Esperança de Santos®; Palestrante nacional e internacional na área de Administração, Comunicação e Marketing.