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Marketing Relacionado a Causas: 10 motivos para sua marca usar

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Tradicionalmente, as estratégias de marketing se apoiam nas notícias do cotidiano para determinar apoio a uma causa. Isto pode ser um grande problema e merece uma análise por parte dos gestores. Como sua empresa deve utilizar o marketing de causas de uma forma que seja verdadeira? Te dou agora dez motivos para você pensar a respeito.


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A importância do marketing de uma causa

Primeiro, vamos examinar por que o marketing de causa é tão importante! O Marketing Relacionado a uma Causa (MRC) nasce da parceria entre empresas e organizações da sociedade civil e tem como objetivo principal criar ações que tragam benefícios a ambos e também para a sociedade, principalmente.

Há uma boa lógica de negócios por trás das empresas ou marcas que desejam se alinhar ao marketing de causa. A grande maioria dos consumidores experimentarão uma marca pela primeira vez apenas porque concordam com sua posição sobre um tema controverso e não comprarão uma marca enquanto ela permanecer em silêncio sobre um assunto que consideram importante.

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Os consumidores da geração Y  (atualmente com 25 a 40 anos) e geração Z (atualmente com 10 a 25 anos) têm expectativas de autenticidade da marca que excedem em muito as expectativas das gerações anteriores. Esses consumidores desejam que as empresas representem algo além dos tradicionais benefícios ao consumidor e da qualidade do produto.

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Para se conectar com esses consumidores mais jovens, as marcas precisam se posicionar com relação às causas que estão nas conversas das pessoas de uma forma que seja autêntica para a empresa e também para seus clientes. Quando as marcas se manifestam, elas são recompensadas.

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Os números são convincentes. Tomar uma posição por meio do marketing de causa – com o devido cuidado – é um dos poucos caminhos restantes para a lealdade do consumidor, defesa e até mesmo preços premium.

Isso significa que toda empresa deve se posicionar de maneira controversa? Não, claro que não. Às vezes, queremos apenas um sabão em pó porque nossa roupa está suja ou um temaki porque tem um gosto bom. 

Então, quais etapas você deve considerar se fizer sentido para sua marca se posicionar e explorar o marketing de causa?

1. Seja claro em seus valores: A literatura define a autenticidade da marca como a medida em que os consumidores percebem que uma marca é fiel a si mesma (continuidade), fiel às expectativas de seus clientes de que a marca cumpra suas promessas (credibilidade), motivados pelo cuidado e responsabilidade para com a comunidade (integridade) e refletindo valores que os consumidores consideram importantes (simbolismo). em seu próprio sistema de valores interno. 

Portanto:

  1. Descubra o seu propósito. Por que você faz o que você faz? Comece por aí. Isso se baseia apenas na tradição ou a razão de ser da empresa precisa ser atualizada com lentes modernas?

  2. Valide a tensão social. Depois de ter claro seus valores, como isso se conecta aos seus clientes? O que está impedindo os clientes de viverem seus valores? Mirar nessa tensão social e alinhá-la com a paixão da marca leva a um senso de propósito e direção para ativação.

  3. Use sua voz única. Ter um “norte verdadeiro” expresso como propósito pode se tornar um diferencial se   a intenção é certa e a expressão se ajusta à missão e personalidade da marca. Em última análise, o potencial do propósito é atuar como um filtro para todas as ações e comunicações da marca.

2. Crie um alinhamento sólido como uma rocha: Porque o marketing hoje não se trata apenas do seu “porquê”, mas também do “porquê” do seu cliente. Quando as empresas implantam o marketing de causa, a sua posição deve estar alinhada com sua missão principal e os valores de seus clientes.

A identidade da marca tem sido o fator mais importante para aumentar as vendas e garantir o crescimento desde os primórdios do capitalismo. Mas uma marca hoje não é mais apenas um símbolo, logotipo ou slogan. Uma marca deve incluir a promessa do que o cliente experimentará emocionalmente e até mesmo politicamente.

3. Assuma um risco medido: Se você decidir tomar uma posição, não pode mudar de ideia ou corre o risco de se tornar um meme – ou pior. Esta decisão deve ser cuidadosamente considerada com base em pesquisas e percepções.

4. Seja congruente: O marketing de causa tende a sair pela culatra se parecer que a postura é única ou uma tentativa da empresa de chamar a atenção de forma egoísta. Em todos os casos, a estratégia de marketing de causa foi bem-sucedida, a empresa demonstrou seus valores de muitas maneiras, continuamente ao longo do tempo.

Uma estratégia de marketing baseada em valores só funcionará se os valores estiverem alinhados não apenas com os consumidores, mas também com as ações da própria empresa. Direitos humanos, racismo, liberdades civis, aquecimento global – essas são questões extremamente complexas que não serão resolvidas por meio de uma campanha publicitária sensacional. O marketing não consiste apenas em fazer promessas, mas também em cumprir promessas.

5. Enfatize a ação sobre as palavras: A maioria das pessoas acredita que as marcas têm mais poder para resolver questões sociais do que o governo. Mas eles querem mais do que palavras em uma campanha publicitária. As empresas precisam ser ativas e visíveis em suas comunidades, lutando por suas causas preferidas.

6. Tome cuidado com tratamentos criativos: A apresentação desses valores de marca/consumidor deve ser confiável, mas sensível. Seria arrogante para uma marca sugerir que eles são uma solução. Eles podem ser uma ponte para uma solução ou uma plataforma de discussão. Isso deve ser apoiado por tratamentos criativos especializados. Nada pode desfazer uma imagem de marca mais rápido do que boas intenções apresentadas em uma perspectiva inadequada.

7. Esteja pronto para o calor: A organização deve estar completamente alinhada em todos os níveis e preparada para repercussões quando, previsivelmente, certos grupos de consumidores se rebelarem contra a ideia. Sua cultura corporativa pode resistir a controvérsias?

E não se esqueça de estar preparado para a reação interna. Se você assumir uma posição que seus clientes amam, mas seus colaboradores odeiam, ainda poderá operar como uma empresa? As vozes dos colaboradores estão cada vez mais desempenhando um papel na decisão das empresas sobre questões políticas.

8. Considere a vantagem do pioneiro: Se seus clientes esperam que você se alinhe com seus valores e você não, isso é, com efeito, tomar uma posição. Também pode torná-lo vulnerável. Qual é o risco de não se posicionar sobre uma questão e, então, seu concorrente lançar uma campanha baseada em significado? Mas eu não sou dono da verdade. Você deve tomar as decisões certas para o seu negócio. Estou apenas apresentando opções.

9. Tenha um plano de crise: Em nosso mundo complexo e em rápida mudança, é impossível se preparar para todas as eventualidades. É difícil, mesmo para profissionais experientes, prever o que pode gerar controvérsia de repente. Então, espere pelo melhor e planeje o pior. Se sua empresa decidir tomar uma posição polêmica, tenha uma equipe executiva e profissionais de Relações Públicas de prontidão por alguns dias após o anúncio.

10. Envolva-se: Encontre grupos em sua comunidade que compartilham seus valores e precisam de sua ajuda. Patrocine seus eventos, doe seus serviços e, melhor ainda, apareça. Deixe as pessoas verem como você se importa. Não dê apenas uma mão. Seja a mão. Isso é o que as pessoas querem e precisam de você.

Tomar uma posição que demonstra seus valores não precisa ser caro, arriscado ou complicado. Lembre-se que a empresa mais humana vence!

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Prof. Alberto Claro

Doutor em Comunicação Social; Professor de Administração da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo; Sócio investidor da CRM Zen e da PART Eventos; Diretor de Comunicação (voluntário) da Casa da Esperança de Santos®; Palestrante nacional e internacional na área de Administração, Comunicação e Marketing.